quarta-feira, agosto 20, 2008

Sobre boas intenções


"Que bom! Que deu esse retorno. Na verdade
é que não tenho computador em casa, então
fica dificil escrever e analisar. Mas 
valeu. Não pretendo ser escritor não, 
gosto de fazer impressões mesmo. ps: 
não gostei dessa frase "de boas intenções
o inferno está cheio", não entendi." 
(Resposta do autor de uma resenha crítica sobre meus comentários
a ela)


De forma alguma eu esperava que você fosse gostar do
que diz essa frase. Aprendi muito quando passei a dar
atenção ao que ela ensina. Foi por essa razão que incluí
esse comentário. Porque percebi tua boa intenção.
Mas só boa intenção não basta para se fazer algo
significativo. É como o chavão nas críticas de teatro,
cinema, esportes, ou dos "amigos", etc, que vemos por
aí: "Ah... ele não conseguiu, mas, pelo menos, se
esforçou". Esse comodismo no esforço leva muitos a
contentar-se com a facilidade do reconhecimento pelo
esforço em si, já que sabemos, de antemão, que ele
será, inevitavelmente, enaltecido e recompensado.
Acabamos nos esquecendo da grandeza da obra e nos
contentamos em ser reconhecidos pela "grandeza da
tentativa" do AUTOR! Não da obra. É um egoísmo feio.
Um orgulho e uma vaidade que se impõe acima do que
está sendo feito ou criado. Não serve se o que
queremos é realmente criar grandes obras. Serve para
ser "reconhecido", para receber elogios e prêmios e
reconhecimento e fama e dinheiro etc. Não serve para
a arte, para a crítica, para o pensamento. Pense muito
bem nisso.



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