quarta-feira, abril 30, 2008

Decifra-me ou te devoro

De todas as críticas publicadas sobre o espetáculo Senhora dos Afogados a que mais me faz pensar sobre a encenação, a que descobriu vielas escondidas nas sombras do palco, desvendou becos não mapeados no universo das cenas, passagens do inconsciente, a que pensou com maior independência e originalidade o que está no palco do Teatro Anchieta foi a escrita por Mariângela Alves de Lima, no jornal O Estado de S. Paulo. Está reproduzida entre outras críticas compiladas na comunidade "O teatro vivo de Antunes Filho", no Orkut. Talvez ela tenha indicado o caminho para se chegar a uma compreensão racional mínima do que há de original nesta montagem. É a poesia rodrigueana o eixo de força desta montagem. Seria preciso uma teoria teatral à altura da nossa melhor teoria literária para que se pudesse analisar com o devido cuidado esta obra de Antunes Filho. Não creio que a tenhamos ainda.